quinta-feira, 8 de novembro de 2012

me espera

não espero nada de ninguém

liberdade violenta

em vez de apenas esperar

prefiro desesperar

e desesperando atropelo a espera

sugo o que dela é um presente

e depois espero um próximo desespero

sem desesperança, sem paciência inclusive!

pois uma hora ou outra, sem que possamos ter controle

o paciente será chamado da sala de espera

esperando impacientemente

que será salvo de seu desespero

dando-se conta por final

que o desesperado é aquele quem espera demais

e o inesperado é o que acontece com quem, pacientemente, esquece de esperar
e segue respirando distraído.