sexta-feira, 18 de março de 2011

Vá pra VIDA que os pariu!

Universo paralelo, transcendência, sobrenatural. Tivemos que criar termos para exprimir a angústia do desconhecido. E, inconsientemente, depositamos todos esses (in)significados da vida, regurgitados, em recipientes linguísticos vazios os quais, por um processo de reificação, enterramos a sete pés.
Tivemos que cortar o cordão umbilical, através de um instrumento chamado medo, que nos liga a nossa alma. Alma esta que, paradoxalmente, não pesa e pesa, invisível e negra, de seda e espinhosa. Alma esta é o amor.
Para anestesiarmo-nos tivemos que criar o conceito de amor sem ódio, de felicidade sem tristeza, de sentir sem sentir. Com esses novos conceitos, cercamo-nos em fortalezas morais. E, com o que repugnamos experimentar, escondemos no campo da fé.
Oh, mas por que sofremos tanto mesmo assim? Não nos basta viver em paz?
Sofremos porque sentimos, sentimos porque vivemos e vivemos porque amamos.
Deixemos que a dor nos ataque, que o sofrimento nos perfure, que a sensibilidade nos convença, que o medo não nos ganhe e que o amor nos tome conta. Assim, "almados", viveremos o mundo cru(el), desnudo e atemporal.

Um comentário:

  1. Que showwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww..........
    adorei conhecer teu blog, vou voltar!!
    beijos,
    Ida

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