quarta-feira, 6 de abril de 2011

quando o êxodo vem antes da gênese

fruto do sacro-profano, da narcisogenitura que me gospe forçosamente do meu exílio de liberdade.
sim, Liberdade. liberdade de desconhece-la. aliás, de inexisti-la.
exílio de minha fase seminologica, completa, cruamente viva que vive e só.
só. somente Só. individuo apenas, nem isso. Ser. ser que é e não é, que não precisa.
broto que, se não pomposo, não serviria pra nada. se não carregado do nome de quem me carrega, nada sou. agora Sou.
tenho nome. gênito. a quem de primeira visita se faz esquecer o genitor. pouco importa. roubo a cena. a cena do infortúnio.
me traficam. sequestram-me de meu exílio. podres alvas mãos que dizem salvar, desamparam.
o espetáculo começa. o Nada vira Gente. o Gente, enquanto primeiro estigma de adaptação, após por pra dentro das narinas o gas putrefante do mundano, cai em prantos e lamentos.
chora e há de chorar para sempre.

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