quarta-feira, 19 de outubro de 2011

o primeiro sono

enquanto dedos escorrem em corpo, corpo ergue-se acima dos chãos.
são entre aqueles milímetros de tempo em que o peso atinge as pálpebras que sinuosamente dá formas a mais extensa fantasia.
um menino metade corpo metade música convida-os ao baile.
flutuando através do cheiro de saudades rosas eles se encontram, depois de décadas, séculos! milênios!
o encanto do encontro deu a entender que nada mais o separariam
dá-se o chamado do globo ocular a retornar à posição genérica, porém as pálpebras cerradas ainda se recusam.
retorno ao disfarce "real". àquele que rondamos mortos.
mas ainda resta um jeito: entregar-se aos prazeres do sonho, e flutuar novamente.

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