estou passando por uma fase de muitas quebras de paradigmas, muitas desconstruções sobre o mundo e as suas relações. prefiro expressa-las em literatura, poesia, não sou muito teórico metodologico epistemico nas minhas ideias, mas vou tentar. primeiro de tudo, nunca levem isso como auto-ajuda, cada um tem o seu jeito de seguir a vida e a sua verdade.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?"
Somos sozinhos, vamos morrer, mas não conseguimos acreditar nisso. Eu resolvi tentar encarar esse fato, um dos grandes desafios de minha jornada, andar de mãos dadas com a morte e com a solidão. Não, isso não é uma metáfora pra me trancar num quarto e deixar de comer. É simplesmente aceitar a presença delas. Nessa atitude, vi que possuia a liberdade de sonhar e correr atrás de meus sonhos, sem o suficiente medo que me impedisse. Não digo que é um caminho confortante, sem dores, sofrimentos e responsabilidades. Talvez seja o mais sofrido. Mas por incrivel que pareça, nunca me senti tão vivo e tão compartilhando com o mundo. Refleti que a maneira mais eficaz de se sentir vivo e coletivo é aceitando a morte e a solidão.
São nessas experiencias-limite tambem que me sinto mais sensivel e mais inspirado para fazer o que eu mais amo, escrever. São nesses momentos que vejo o mundo muito maior com muito mais cor, mais amor, mais caminhos, mais permissível, mais sentidos. Se assumimos a solidão, alem de autonomia, temos mais responsabilidades afetivas com nós mesmos e com o mundo. e, com a arte - nao só como ferramenta como tambem espiritualmente - posso compartilhar e proporcionar trocas com o outro que transcendem a morte do corpo. Essa para mim é a verdadeira eternidade, o verdadeiro legado. não é sobreviver até os 120, mas eternizar, transcender em mensagens enérgicas e inspirantes. Platão continua sendo ressucitado por suas mensagens ha 2350 anos e continua vivissimo em nossas prateleiras, só citando um exemplo.
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