terça-feira, 18 de maio de 2010

Desesfere-se

textos antigos.



De esferas agudas surgimos e nelas enclausuramo-nos.
Escravos do tempo, do acento, me rendo...
Levando chibatadas do cotidiano.
"teu corpo é meu, guarda tua existência no baú dos teus sonhos mais profundos e de lá não a tire!"
Preso ao meu mundo mental, a alma se desconecta do corpo externo e se perde nos labirintos sensoriais. Onde está ela?
Não faço idéia... Provavelmente conhecendo chapeleiros malucos em busca de um coelho qualquer.
Ao corpo me resta reagir. Reagir em lágrimas de protesto ou com gritos no escuro.
Através do sentir, chego perto do gatilho até que uma voz suave encontra a lateral de minha face e murmura:
"não desespere-se, desesfere-se"

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