terça-feira, 18 de maio de 2010

interior

De passo a passo vou para o interior.
Onde lá posso ver os céus
Sentir o cheiro da chuva
Sentar com gente humilde
Estar perto do que me dá energia.

Interior anestesiado do vício da impessoabilidade
Do costume cômodo da desumanidade
Do anonimato da gente da cidade
Que andam na rua sozinhos, na rua cheia,
No formigueiro da incomunicabilidade

No interior posso ser eu,
Longe das câmeras de julgos morais da sociedade
Sentar pra tomar café com gente que são elas mesmas
E por mais isoladas que sejam
Se comunicam, se humanificam, se pessoalizam

Vivem suas vidas mansas com pretenções limitadas
Aproveitando o presente, não o futuro.
O presente que lhes deram que é precioso pra qualquer ser humano: a vida.

Estou chegando no interior
No interior de mim mesmo
Pra ver se me torno mais humano
Mais ser vivo
Vivo

Será que chego?

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